A mentira do "usuário de drogas classe A"

Poucas vezes vi uma mentira estatística tão gritante quanto a “pesquisa” do economista Marcelo Néri, da FGV, sobre o perfil do usuário de drogas brasileiro, publicada com grande alarde na imprensa.

Segundo ele, é na classe A (renda familiar superior a 9 mil reais) que se concentra a grande maioria dos usuários de drogas ilícitas. Diz o autor:

O retrato é muito semelhante daquele traçado no filme [Tropa de Elite]. Quem consome drogas é o garoto de elite, são jovens homens brancos solteiros de alta renda que vivem nas capitais do Sudeste e freqüentam uma instituição privada de ensino: 62% da classe A, com cartão de crédito.

O problema é que o economista não pesquisou nada, apenas pegou dados aleatórios contidos na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE.

A POF é uma pesquisa abrangente sobre rendimentos e gastos do cidadão. Ela pergunta quais alimentos você compra, que formas de lazer se utiliza, quanta paga de conta de luz… mas não pergunta se você usa drogas.

Há questionários detalhados, com dezenas de itens de consumo, e, é claro, entre eles não há drogas ilícitas. Há, no entanto, espaços em branco para itens não catalogados.

Esperar que alguém inclua num questionário desses, “20 reais pra maconha”, “50 pra cocaína”, é delírio. Qualquer inclusão dessas é puramente incidental, sem qualquer validade estatística.

De qualquer forma, o sr. Néri encontrou, entre os 182 mil questionários, 0,06% de vacilões que disseram ao pesquisador do IBGE que gastavam alguma determinada quantia em drogas ilícitas. Sabe quanto é 0,06% de 182 mil? 109.

Isso mesmo: cento e nove brasileiros, em todo o país, pinçados de forma aleatória, foram o universo a partir do qual o sr. Marcelo Néri tirou suas importantes conclusões, como por exemplo, que 99% dos usuários são homens (!) e 75% estão na região sudeste (!!).

É claro que ele não mostrou os números absolutos; a empulhação ia ficar muito na cara. Que ninguém na imprensa tenha reparado nisso, é uma mostra de como andam nossos jornais.

Joguemos essa pesquisa no lixo, que é o lugar dela, e voltemos ao que indicam todas as pesquisas sérias: que as drogas ilícitas são consumidas em todas as classes sociais e em todas as regiões do país, e não apenas por uma minoria localizada.

Isso vai dar a dimensão do problema, e mostrar o quanto é inútil a política atual.

Sobre Marcus P

Don't believe the hype.
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81 respostas para A mentira do "usuário de drogas classe A"

  1. Flavio disse:

    Caro Marcus,

    Vai querer ser desmascarado novamente?

  2. Beco disse:

    Quem sustenta as FARC tem que ir é em cana!

  3. Edson Alves Jr. disse:

    É sério? O FGV fez uma cagada dessas?

    Eu repercuti a sua informação no trabalho, e recebi uma carteirada do tipo “vc não tem conhecimento pra questionar uma pesquisa do FGV”. Mas eu ainda estou incrédulo. Um cara como Marcelo Néri fez uma merda dessas?

  4. Marcus Pessoa disse:

    Flavio: fique à vontade.

    Edson: é isso mesmo. Os números absolutos e o percentual estão nesta outra matéria do Globo, que eu esqueci de linkar, mas o faço agora. Os questionários, manuais e tabelas completas da POF estão disponíveis no site do IBGE.

  5. Luísa disse:

    hahahaha perfeito; e todos os meios de comunicação falando dessa pesquisa. Já tinha visto esses números no Estado de SP e eles chamaram a atenção: qualquer um que olhe pra eles vê como são absurdos, e que não podem ser verdadeiros. Caramba, eu fiquei achando que conhecia todos os macoheiros e cheiradores do mundo! hahahaha
    mais um post fenomenal, Marcus!

  6. Mariana disse:

    Marcus, é verdade, todas as classes sociais em todas as partes do país consomem drogas e, como vc diz, a dimensão do problema é ainda maior do que a pesquisa da FGV.
    Realmente, urge ao estado um olhar profundo sobre essa situação, tendo em vista que o tabagismo é considerado pandemia mundial (o que fez com que o próprio viciado ficasse mais consciente e muitos estão procurando tratamento) e o alcoolismo está a passar por revisão na publicidade e venda (e grupos como o AA estão se espalhando), as drogas ilegais também precisam ser trazidas à baila para esclarecer, conscientizar, educar desde a idade escolar para que as pessoas formem massa crítica e parem de entrar em modismos. Sim, modismos equivocados, que apregoam glamour em drogas de todo tipo, seja pq ilusoriamente te “relaxam”, sejam pq te “ligam” e tudo o mais. Claro que toda essa situação só reflete uma sociedade adoecida, a juventude é apenas o espelho.
    Tendo em vista que a Europa está retificando sua política de tolerância às drogas por estar gerando párias sociais, passageiros doentes na vida, é preciso que o BR se adiante tanto com relação a essa postura quanto com relação à política dos EUA e encontre na formação de mentes mais lúcidas e pensantes, que saibam discernir o que é melhor para si e, consequentemente, para a sociedade (o bem individual forma o bem coletivo).
    Ah, cada um faz com seu corpo o que quer, mas o Estado (leia-se, as pessoas que te rodeiam) muitas vezes tem que nos dizer para usar capacete na moto ou não dirigir bêbado porque nós, tal qual uma criança, ainda não aprendemos a nos cuidar sozinhos!!!

  7. Marcus Pessoa disse:

    Proibir as pessoas de consumir o que bem entendem não é um “olhar profundo”. É o mesmo olhar raso de uma política que não funciona e nem vai funcionar.

  8. Mariana disse:

    Flávio,

    Gostei muito de suas colocações no outro tópico “a falácia…”. Vc é uma daquelas pessoas que vale a pena a gente conhecer: esclarecido, consciente e multiplicador de atitudes do bem!
    Afinal, o mundo é maravilhoso por sermos tão diferentes e a oportunidade de conhecermos tamanha variedade de pessoas e culturas é uma aventura que todos merecemos viver. Limitar com uso de drogas tantas experiências boas que podemos ter é no mínimo perda de tempo, energia, saúde e dinheiro!!

    Abraço carinhoso,

    Mariana

  9. Marcus Pessoa disse:

    Xingar os outros é atitude de bem? Hehehe.

  10. André Kenji disse:

    Marcus

    Perfeito. É disso que nossa blogasfera precisa: gente crítica que não engole tudo o que a mídia diz.

    Mariana

    O problema da guerra às drogas não é tanto se o usuário tem direitos sobre seu próprio corpo ou não, mas sim que do ponto de vista prático ela é desastrosa e faz com que pessoas que não são usuárias tenham que arcar com seus custos. Um ponto largamente ignorado é o fato de que muitos policiais e juízes são contra a proibição justamente por isso.

    Eu tenho uma rotina regular de exercícios, não fumo e bebo muito pouco. Não é problema meu se fulano quer fazer uso de uma substância prejudicial à saúde.

    A liberação das drogas na Europa sempre foi um assunto polêmico e complexo, mas como um todo os países adotam uma política razoavelmente liberal. Portugal, por exemplo, liberalizou recentemente suas políticas.

  11. Mariana disse:

    Oi André Kenji!
    No contexto atual o que vc diz no seu primeiro parágrafo é fato.
    No entanto, tb é fato que as drogas liberadas como o álcool e tabaco tb é “desastrosa e faz com que pessoas que nao são usuárias tenham que arcar com seus custos”. Acho que todos nós conhecemos alguém com problemas de saúde sérios em decorrência do fumo, que afeta todo um círculo familiar e social pelos custos emocionais e financeiros que acarreta a terceiros. O fumante passivo sofre. Tb conhecemos mulheres agredidas por bêbados, atropelados e mutilados em acidentes provocados por bêbados, só para dar exemplos banais. Qdo vc diz “não é problema meu se fulano quer fazaer uso de uma subs. prejud. à saúde” acho que poderia pensar melhor, pois nunca é somente sobre a pessoa q
    Enfim, a questão da liberdade individual só cabe para pessoas conscientes. Não é o que se verifica, em lugar nenhum do mundo.

  12. Mariana disse:

    Desculpe que o texto anterior foi postado por acidente! Complemento agora:
    …que recaem as consequências. Se esse tipo de custo for ampliado para o círculo de convívio dos fumantes de maconha tb, de cocainômanos, usuários de heroína etc podemos ter uma dimensão do quanto é perverso e falacioso pensar que ninguém tem a ver com o que fulano faz consigo, pq depois o osso que sobra é da conta de todo mundo sim. Não querer ter nada a ver é uma postura negligente, tal qual pais que entregam a educação dos filhos à própria sorte, teceirizando para escola e igreja uma formação que dá mesmo muito trabalho.
    A sociedade representada pelo Estado tem que dizer o que quer para si, com que grupo de pessoas quer conviver e expor seus filhos e nós mesmos ao convívio. Se eu gosto de alguém quero vê-la bem, se tratando bem.
    Claro que o encargo primeiro da educação é da família, só que sem políticas sociais públicas é quase como enxugar gelo, pois seu filho cresce e sofre enorme pressão que há hj vinda do comércio, que glamouriza todo tipo de droga, do PROZAC à maconha (inclusive ambos têm efeitos semelhantes), e muitas vezes mesmo tendo um forte pilar de valores em casa se ele encontra amigos, namorada, uma grande população (como nas universidades, p.e.) que usa habitualmente drogas ele pode vir a ceder! Já vi isso acontecer, infelizmente.
    Por isso, tal qual na Europa vemos neste ano de 2007, o Estado tem que interferir mesmo. Estive em Portugal em janeiro e o Bairro Alto está totalmente tomado pelos traficantes e usuários,depredado mesmo, muito triste. Mas a postura do BR atualmente qto à maconha está bem parecida com a dos nossos patrícios.
    Enfim, acredito no ser humano com vocação natural para ser feliz. Não depende de nada (substâncias exógenas) para isso. Uma vez adoecido, começa a usar de substâncias da moda, e claro que adoece mais. A verdadeira consciência traz a abstração necessária para não se prender a ilusões conferidas por drogas. Enfim, retornando ao seu post, com política liberalista ou repressora, não somente os usuários se ferram, muita gente boa não usuária ao redor tb, por isso questiono a droga em si!!

  13. Marcus Pessoa disse:

    A comparação é descabida. Filhos negligenciados pelos pais têm direito à educação e cuidados. Uma pessoa adulta não é uma criança, e nem o Estado é o seu pai.

    Uma pessoa adulta pode e deve decidir o que acha melhor para si mesma. E o Estado não pode proibi-la disso. Simples assim.

  14. Mariana disse:

    Pessoas adultas deveriam saber decidir o que é melhor para si mesma. Infelizmente, a maioria é tão perdida que não consegue,poucos alcançam nível de maturidade consciente. Preste atenção a seu redor, como diz Renato Russo em “Pais e filhos”:”…são crianças como vocês, o que vocês vão ser, quando você crescer…”.
    A par disso, veja também o que é o Estado e suas funções. O que ele deve regular, limitar, oferecer, disponibilizar etc.
    É simples mesmo!

  15. Marcus Pessoa disse:

    A sua presunção é uma coisa espantosa.

    Não cabe a você julgar se uma pessoa pode ou não decidir por ela mesma!

    Não cabe ao Estado julgar isso!

    Eu não tenho nem o que responder, de tão absurdo que é esse seu argumento.

  16. André Kenji disse:

    Mariana

    Eu não gosto de cigarro, mas é falso que fumantes custam mais ao sistema de saúde que não-fumantes. Em especial por quê os gastos com pessoas com mais de setenta, oitenta anos tem pesado cada vez mais dentro dos sistemas de saúde. Por mais cruel que isso possa parecer, fumantes custam menos porque morrem mais cedo.

    http://www.reason.com/news/show/121558.html

    Some supporters of higher cigarette taxes argue that smokers should bear a disproportionate fiscal burden because they account for a disproportionate share of taxpayer-funded medical expenses. But researchers such as Harvard economist W. Kip Viscusi estimate that, if anything, smoking saves taxpayers money.

    Because smokers tend to die earlier than nonsmokers, they do not consume as much health care in old age or draw on Social Security as much as nonsmokers do. Leaving aside Social Security savings, a 1997 study in The New England Journal of Medicine concluded that total health care spending would go up, not down, if everyone stopped smoking.

  17. Andrea disse:

    Gente, todo tabagista hj sabe que é doente, dependente etc. Qto ao álcool, parece-me que só o vinho é exceção, pois foi elegido a alimento funcional pelos nutricionistas e tem baixo teor alcóolico. Não esqueçam que até as fórmulas homeopáticas levam álcool.Mas todo alcóolatra tb sabe que é um doente.

    Só não entendo pq com as drogas ilícitas não se tem a mesma consciência!!!

    André, pode-se interpretar que o tabaco pode então fazer controle de densidade demográfica e ajudar na previdência, mas é cruel demais para a família, amigos perder uma pessoa ainda jovem para morrer (e morrem de forma muito dolorosa-lembrando que o cigarro de maconha tem 5 vezes mais alcatrão, o agente cancerígeno).
    O que eu sei é que nem todos os impostos que a indústria de álcool paga ao governo em um ano compensa sequer o que se gasta com a aposentadoria precoce dos alcóolatras, isso sem falar em gastos com assistência (dados do ADOLESCENTRO). O governo deveria exigir que os fabricantes assumam o tratamento das doenças provocadas por seus produtos. A indústria do tabaco, até o Mc Donal’ds tem pago indenizações milionárias; acho que é por aí…
    Só o que não tem preço é o sofrimento das famílias, que perpassa por toda a sociedade. Por isso concordo com a Mariana, e não é julgar o que uma pessoa faz ou deixa de fazer, é trabalhar pela conscientização, educação, evolução. E o país tem a obrigação de zelar pelos “filhos dessa pátria” sim, o que não é julgar, é cuidar. Ou vc acha que o governo só tem obrigações depois que o povo já tá doente? Não! Mania de brasileiro essa! A parte preventiva é mais importante que a de remediar!!! E é uma obrigação do estado que a sociedade tem que exigir.

  18. zé roberto disse:

    A legalização está trazendo alguns prejuízos a Holanda, quem está “doidão” lá é visto como doente e por isso muita gente falta ao trabalho, algumas empresas estão saindo do país e outras estão fechando. Uma empresa q fabricava avião faliu pq ninguém na europa confiaria em viajar em um avião produzido por drogados.

  19. Mariana disse:

    Marcus,
    A gente vê o mundo conforme o que tem dentro de si mesmo. Não sou presunçosa, estou a falar sério, com fatos. Inclusive sobre a responsabilidade do Estado, pois é um direito do povo e dever do Estado zelar pela saúde pública.

    Regulação sempre haverá para coibir comportamentos individuais que afetem direta ou indiretamente o restante da população. Vide novas políticas anti-tabagistas (direito dos não-fumantes que os fumantes violam) e as anti-álcool (regulando inclusive venda nas estradas e a publicidade). Podemos extrapolar para a contenção de vários outros comportamentos de risco, como compartilhamento de seringas, sexo sem camisinha, pedofilia, corrupção…sei lá mais o quê, pois apesar de cada um estar no seu poder de decidir legítimo e de obter prazer conforme queira cada comportamento equivocado desses está a atingir direta ou indiretamente algúem, tal qual o maconheiro, mesmo num mundo que libera a erva (cannabis traz mais malefícios que o tabaco, inclusive para os fumantes passivos).

  20. Marcus Pessoa disse:

    A Fokker faliu por causa da liberação das drogas? Hehehe. Não têm mais o que inventar.

    Andrea: não vi ninguém aqui que se colocou contra a prevenção e a educação para enfrentar o abuso de drogas. O que eu disse é que proibir e prender o usuário é uma política errada e que não adianta nada.

    Você está correta em dizer que um alcoólatra é um doente. Mas existem muitas pessoas que consomem álcool e não são alcoólatras, assim como existem muitas pessoas que usam drogas ilícitas e não são dependentes.

  21. Andrea disse:

    Olha, Marcus, em toda minha vida não conheci ninguém que tenha experimentado tabaco, crack, cocaína, heroína, maconha sem ter criado dependência.
    A maconha cria uma dependência ferrada psicológica, a pessoa que gosta sente fissura, fica nervosíssima se não usa,muita vontade incontrolável, e há controvérsias sobre a dependência física.
    Com o álcool é diferente mesmo, vejo gente usar sem ter que tomar de novo nos dias seguintes, semanas até, tvz pq a fermentação de alimentos e a presença de álcool em vários usos cotidianos permita isso, como no exemplo do remédio homeopático que citei.
    Na verdade, não existe uso seguro, sempre é abuso. O uso, aliás, só é adequado em casos de prescrição médica,como com qualquer droga psiquiátrica (tantas são bem semelhantes às ilegais!). Em pessoas sãs, considera-se abuso.

  22. Daví disse:

    Tem que dificultar o acesso às drogas. Legalizar (pq do jeito que tá agora é muito fácil obter), mas com acesso muito restringido. Em lugar nenhum do mundo é liberado geral.
    Espero que caminhemos assim com o tabaco e o álcool.
    Acho importante essa restrição à venda de bebidas em estrada. Sei que não vai resolver completamente, pois quem quer beber dá sempre um jeito. Mas vai dificultar um pouco e certamente vai ajudar na redução de acidentes em estradas.
    Infelizmente, quem bebe e sai dirigindo põe em risco a vida de todos os outros nos carros na estrada.
    Quem dera quem pagasse o preço fosse só o usuário!!!Aí eu não estaria nem aí, quer ficar maloqueiro, noiado, suicidar, vai!

  23. Marcus Pessoa disse:

    Pois eu conheço, Ana, várias pessoas que usam drogas ilícitas moderadamente, sem que isso atrapalhe a vida delas ou de ninguém. A própria pesquisa do Cebrid, que eu já linkei em algum lugar por aqui, mostra 20% de usuários e apenas 3% de dependentes entre a população em geral. Ou seja, o número de dependentes é a minoria.

    E as únicas drogas que causam dependência física são os opiáceos (heroína, morfina, ópio).

    É razoável proibir bebida em estradas, Davi, porque dificulta a alguém dirigir bêbado. Mas é só por isso, pela combinação das duas coisas. Não faria o menor sentido restringir por restringir.

  24. Ana disse:

    Preste atenção mais de perto que vc verá os problemas das pessoas que usam moderadamente. Encarando os fatos, nada endógeno pode passar incólume pelo seu corpo, seu cérebro. Ingenuidade achar que a inalação de algo tóxico a curto, médio ou longo prazo não irá lhe afetar. E aos outros ao redor.
    Todo mundo que conheço tb nega os efeitos adversos, mas quem tem olhos para ver enxerga as perdas e danos nos usuários.

    Não são só os opiácios que causam dep. física. A nicotina tem poder de vício maior que todas as outras drogas. O álcool tem alto poder tb. Maconha idem (veja pesquisas mais recentes).

    Sobre a resposta ao Daví, veja as restrições de espaço para os fumantes. Ao menos aqui em Brasília funciona. Independentemente de estar combinado com algo a mais. Tem que restringir o uso e a determinados locais tb.

  25. Marcus Pessoa disse:

    Nem a nicotina, nem o álcool, nem a maconha causam dependência física. Um fumante, por mais inveterado que seja, não vai se contorcer de dor se for privado do cigarro, ao contrário do usuário de morfina, cujo metabolismo se adapta à droga.

  26. Flavio disse:

    Obrigado pelo carinho, Mariana! De fato, eu nunca xinguei o Marcus, apenas o acusei de faltar com a verdade, e provei isso em meus comentários.

    Meu deus! O cigarro não causa dependência física, Marcus? O álcool também não?

    Você já esteve em algum hospício? Baseado em quê você está dizendo isso?

  27. Marcus Pessoa disse:

    Você não provou absolutamente nada.

    E se não sabe a diferença entre dependência física e psicológica, não posso fazer nada. Não sou professor primário.

  28. Flavio disse:

    Não é, e nem nunca poderá ser…qualquer professor, mesmo um professor primário (como foi minha mãe por mais de 30 anos, com muito orgulho) deve passar informações precisas aos seus alunos, Marcus.

    Como todos nós sabemos, você não prima pela veracidade das informações em seu próprio blog, e costuma discorrer sobre assuntos que pouco (ou nada) conhece, e isso faria de você um péssimo professor.

    Dependência física causada pelo uso da nicotina:

    http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n5/251.html

    Dependência física causada pelo uso do álcool:

    http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/r27(2)/art65.htm

  29. Mariana disse:

    Oi, Flávio, sou sua fã (no que se refere a suas interferências informativas, não me leve a mal!)

    Olha, Marcus, meu colega de trabalho tá tentando parar de fumar. Ele teve de parar o carro no meio da rua dia desses pq tinha esquecido em que rua estava. Tem tido crises de ausência. Não consegue se concentrar. Apelou para anti-depressivos. Está com acompanhamento médico, acupuntura, adesivo, sei lá mais o quê.
    Ele tá sofrendo muito e acho que isso pode ser chamado de crise de abstinência devido a dependência física de nicotina.

  30. Mariana disse:

    Conheço um psiquiatra que trabalha em conjunto com um nutricionista e os dois aliam seus conhecimentos em um mesmo consultório, pois alimentação e equilíbrio hormonal têm tudo a ver;por outro lado, a psiquiatria atua nos desequilíbrios hormonais, não importa de que forma tenham sido gerados.
    Esse psiquiatra disse que a humanidade nunca se verá livre dos manicômios, justamente o contrário, tendo em vista o número de usuários das mais diversas drogas, pois para a maioria toda sua loucura/depressão/esquizofrenia teve origem em drogatização em algum momento da vida.
    Enfim, não é só a morte precoce o problema do usuário de drogas. Acho coisa muito pior ser esquizofrênico, para si e para a sociedade.

  31. Ana disse:

    Marcus, engraçado que já tenho experiência positiva com morfina. Para tratar a dor do câncer é ótima. Para você ver, toda substância tem seu uso correto, se em mãos de médico e paciente diligentes, conscientes, evoluídos. O uso incorreto de drogas é o que estão tentando apregoar por aí: em gente sadia.

  32. Marcus Pessoa disse:

    Os links que o Flávio colocou lhe dão razão. A nicotina pode causar dependência física se ingerida em grande quantidade.

    E pode não causar também. Minha mãe fumou durante quarenta anos, em média uma carteira de cigarro por dia. Quando resolveu parar, parou de uma vez só. Acabei de perguntar-lhe e ela me disse que não sentiu qualquer sintoma físico, qualquer dor, enjôo ou mal-estar, apenas uma grande ansiedade.

    Nada comparável aos sintomas que sente alguém viciado em morfina ou heroína.

    Ainda estou esperando ele cumprir a promessa que ele fez no comentário número 1. Como a minha contestação à “pesquisa” da FGV está bem fundamentada, ele “esqueceu” do assunto.

  33. Flavio disse:

    Vamos deixar um pouco mais para amanhã, “professor” Marcus!

    Sobre a sua mãe (fico feliz por ela ter deixado de fumar, assim como eu fiz -ótima decisão), e sugiro que você a leve para a OMS como prova incontestável de que a nicotina não provoca dependência física. Boa sorte!

    Beijão, Mariana!

  34. André Kenji disse:

    “Uma empresa q fabricava avião faliu pq ninguém na europa confiaria em viajar em um avião produzido por drogados.”

    Zé Roberto

    Fala sério: você achou algo muito do bom para fumar e não quer contar para gente o quê que é.

  35. Marcos disse:

    Boa tarde,

    Gostaria de esclarecimentos por sua parte, Marcus. Porque deletou o post do Flávio?

    Ele mandou no comentário o e-mail que você mesmo tinha enviado a ele, mas ele não era fake? Como que você enviou um e-mail a ele, ele recebe, e você diz depois que é fake?

    Abraços e parabéns pelo blog.

  36. Marcus Pessoa disse:

    O Flavio não é fake.

    Os dois últimos comentários que ele postou foram apagados porque ele dizia de novo que eu estava mentindo sobre a situação da minha mãe. E eu avisei a ele que não permitiria mais isso.

  37. Mariana disse:

    André Kenji,

    Não é atacando o Zé Roberto que vc vai passar a ter razão!!Prove então que o que ele disse está errado!
    De minha parte, se eu sei que um médico usa drogas eu não me submeteria a ser cirurgiada por ele. Bem plausível a notícia dada quanto à fábrica de aviões fechada.

  38. Marcus Pessoa disse:

    O que tem a ver a Fokker com a maconha, Mariana? Nada, absolutamente nada.

  39. Marcos disse:

    Entendo Marcus,

    As palavras que o Flavio usou, poderiam ter sido outras. De uma forma que não ficasse no ar se ele quis dizer que você estava mentindo.

    Mas acho, só ele mesmo para confirmar, que ele quis dizer que cientificamente falando é impossível não haver dependência física neste caso. Como sabemos, há exceções, então ele informou que seria uma boa esse caso (da sua mãe) ser passado a OMS. Para o bem da ciência.

  40. Marcus Pessoa disse:

    A idéia de que “é impossível não haver dependência física” não é correta e nem foi afirmada nos estudos científicos que ele mesmo postou.

    O que eles dizem é que pode haver dependência.

  41. Mariana disse:

    Notícia fresquinha para você:

    Repare, não houve violência de tráfico nenhum envolvido. A única violência envolveu apenas drogas mesmo.
    Aliás, faltou atitude dos organizadores (vide parágrafo final) que serão responsabilizados.

    Polícia interdita sítio Happy Land

  42. Mariana disse:

    Ah, acho que essa notícia derruba a tese de que o usuário só prejudica a si mesmo e ao mesmo tempo demonstra, mais uma vez, o que rola na “classe A”.
    Se os da favela sofrem perdas e danos pela violência, os do asfalto sofrem perdas e danos e fazem os outros sofrerem pela droga em si.

  43. Marcus Pessoa disse:

    É claro que o usuário só prejudica a si mesmo. Quem não usou drogas não teve qualquer problema nessa rave. Teve?

    E eu já disse e repito que as drogas são consumidas em todas as classes sociais.

  44. Mariana disse:

    Vc pode raciocinar sobre sua própria pergunta mais abstratamente.
    Respondendo, quem não usou drogas teve problema nessa rave sim, Marcus. Desde pessoas que presenciaram esses fatos, passando por outras que provavelmente foram assediadas para usarem, aquelas que foram envolvidas nos acidentes de carro, chegando até ao sofrimento causado às famílias desses rapazes mortos e dos outros 17 intoxicados, alguns ainda em estado grave. Eu me sinto muito mal quando no ambiente em que estou alguém usa alguma droga, é a imagem mais perfeita da depressão decadente deste início de século, o ambiente fica pesado, carregado (que climão péssimo devia estar nessa rave!!). Muita gente padece indiretamente as consequências e às vezes quem morre é quem menos sofre e de quebra deixa pais com a pior dor do mundo, filhos órfãos precocemente, amigos traumatizados.

    Vc pode raciocinar sobre sua própria pergunta mais abstratamente. O conceito de “prejudicar” deve ser compreendido amplamente, assim como não basta que o cara apenas continue trabalhando e pagando seus impostos para dizer que ele não está sequelado pelos tóxicos que usa. A vida é muito mais que isso.

  45. Marcus Pessoa disse:

    A notícia não fala em pessoas sendo assediadas para usar drogas, e nem relaciona o acidente de carro ao uso.

    Você se sente mal com alguém usando drogas? Eu também me sinto mal com pessoas querendo julgar as outras e proibi-las de fazer o que bem entendem. Eu me sinto muito mal quando você diz que pessoas adultas não podem decidir por si mesmas.

    Mas eu não vou proibir você de dizer essas coisas que me deixam mal, assim como você não tem o direito de proibir as pessoas de usarem o que bem quiserem.

  46. Mariana disse:

    Os dois acidentes de carro estão relacionados ao uso de tóxicos e só falta o resultado do exame toxicológico para identificaram qual ou quais foram as drogas usadas.

    Não preciso que noticiem o assédio. O assédio que muitos sofrem é constante e principalmente em festas, ou você nunca teve alguém lhe oferecendo uma droga para usar que dissesse que “você vai ficar de boa”, “vai pro paraíso”, “vai fazer uma viagem maravilhosa”, “esse é do bom”…

    Sobre proibições, vejo que vc não difere proibir de limitar. Censurar de educar. Cercear de instruir. Reprimir de confiar. Os primeiros são negativos, os segundos verbos necessários. E foi o que faltou nessa e em muitas outras festas, que vc diz que era composta de pessoas adultas. Saiba, então, que o que forma o adulto não é o número de anos vividos nem mesmo se ele já se sustenta só, mas todo um conjunto mental, de consciência crítica, de postura perante si mesmo, os outros, o mundo. Certamente esses que se drogam estão num estágio de imaturidade a anos luz de ser um verdadeiro adulto. Ainda precisam evoluir muito, têm que comer muito feijão pra deixarem de ser tão tolos e finalmente “decidirem por si mesmas”. E isso não é julgamento, é fato observado (converse com pessoas num manicômio, adultos vítimas de si mesmos, a maioria por uso de drogas, pouquíssimos por causas congênitas).

    Se eu disser coisas que te deixam mal e estiver errada eu paro, e vc tb. Quem está a agir mal é quem deve rever ser conceitos e nesse caso tenho certeza de que não sou eu.

  47. Marcus Pessoa disse:

    Você nunca foi numa rave. Eu já fui em várias e nunca vi esse assédio de que você fala. Simplesmente porque não existe. Nenhum desses jovens precisa que alguém os assedie para usar drogas. Eles usam porque querem.

    Repito o que disse antes: a sua presunção para julgar os outros é uma coisa realmente espantosa. Você se acha mesmo uma pessoa especial, melhor que as outras, mais inteligente que as outras, que pode dizer a elas que não são adultas!

    Inacreditável.

  48. Mariana disse:

    Até agora só li julgamentos seus, inclusive sobre mim, dizendo até que eu “nunca foi numa rave”.

    E vc dizer que não vai me proibir de falar minha opinião vai de encontro à recente exclusão de msgns do Flávio, as mais sensatas de toda discussão.

    Sobre o que é ser um adulto, pergunte aos pais desses que se mataram ou se intoxicaram se eles acham que seus filhos são adultos de verdade, não é minha opinião exclusiva, de cidadã.

    E quem está dizendo que sou especial…mais inteligente etc é vc!!!

  49. Mariana disse:

    Sou apenas aprendiz, e especial tb, como cada um de nós, Marcus. Só que tem gente que vê o mundo mas não o enxerga de verdade, não interpreta bem muitas vezes nem o que lê.

    Para mim, dizer que sou presunçosa é defesa sua por falta de argumentos.

    Eu procuro aprender inclusive pelas ações dos outros que me cercam, inclusive com essas desses 17 da rave.

    Forjar um caráter é uma proposta permanente. Ser um adulto tb implica crescimento. Só que de consciência. Não é com baderna ou permissividade que a humanidade cresce. É com criatividade e atitude consciente.

    Se vc mantém um blog com o propósito de acrescentar algo, tenha muita responsabilidade com as informações que veicula.

  50. Mariana disse:

    Aliás, vamos lá, me diga qual é a sua definição de “adulto”, por favor.

  51. Marcus Pessoa disse:

    Adulto é quem tem a idade legal, paga as suas contas e pode mandar uma banana pra qualquer um que queira se meter na sua vida.

  52. Mariana disse:

    Ahahah!.
    Mandar uma banana!
    Ahahahaaaaaa!

    Não conseguiu dizer nem isso!! Um pouquinho só de reflexão, vamos lá, você consegue uma definição melhor!

  53. Marcus Pessoa disse:

    Não tem nada de errado com a minha definição.

    Eu não fico preenchendo parágrafos e parágrafos para dizer uma coisa que cabe em duas linhas.

  54. Mariana disse:

    E não diz nada mesmo!!

  55. André Kenji disse:

    “Não preciso que noticiem o assédio. O assédio que muitos sofrem é constante e principalmente em festas, ou você nunca teve alguém lhe oferecendo uma droga para usar que dissesse que “você vai ficar de boa”, “vai pro paraíso”, “vai fazer uma viagem maravilhosa”, “esse é do bom”…”

  56. Telma disse:

    Marquinhos, meu querido, você tem uma paciência de Jó, caramba…. eu só de ler me canso, tu ainda tens saco pra responder….rsrsrs
    Beijo !!!

  57. Mariana disse:

    Dá uma olhadinha nessa pesquisa, de 2001, do qual extraí (do primeiro parágrafo) o seguinte:
    O uso de drogas é maior nas classes sociais mais altas, com exceção do álcool, que não mostrou variações nas diferentes classes sociais. Observou-se associação positiva entre uso de drogas, exceto álcool e tabaco, e reprovação escolar.

    http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/

    Telma, quem tem um blog gosta mesmo de ler e responder!!!

  58. Marcus Pessoa disse:

    Tem dezenas de artigos neste site. Não sei a qual você se refere.

  59. Flavio disse:

    Caros,

    Não desejo mais participar deste blog, apenas gostaria de deixar o meu contato para a Mariana.

    Abraços,

    Flavio
    flavio@btechonline.com.br

  60. Mariana disse:

    Desculpe-me, o nome do estudo é “Uso de drogas entre estudantes de uma escola pública de São Paulo”, neste link.

    Flávio, escreverei para você em seguida. Um beijo!
    Mariana

  61. Marcus Pessoa disse:

    A pesquisa linkada mostra números completamente diferentes da “pesquisa” da FGV.

    A Tabela 1 mostra 310 ocorrências positivas para drogas, sendo que apenas 46 na classe A, ou seja, 14%, e não 62% como mostra a “pesquisa” da FGV.

    A classe C tem 67 ocorrências, ou seja, mais ocorrências do que na classe A.

    Obrigado por me dar mais uma prova de que esse estudo da FGV é furado.

  62. Joana disse:

    Oi, Marcus, dei uma olhada no estudo linkado.
    Na tabela 1 tem outros percentuais diferentes do que vc postou…onde vc viu os números que citou?

    Na tabela 1 está claramente colocado que a classe A é maior consumidora de álcool, tabaco e outras drogas, com larga margem de diferença com relação à D e E principalmente…dá uma olhadinha de novo para conferir!

    Inclusive, logo no primeiro parágrafo (RESUMO) está escrito que nas classes mais favorecidas a incidência do consumo de drogas é bem maior!!

    Não entendi sua interpretação, enfim.

  63. Marcus Pessoa disse:

    Os números que você cita são dos percentuais relativos por classe, e os números que eu mostrei (apenas contando as ocorrências) são os percentuais em relação ao total.

    O estudo confirma o que eu disse, que o consumo de drogas existe em todas as classes sociais. A pequena variação não elide o fato de que elas também são bastante consumidas nas classes mais baixas.

  64. Rita disse:

    Marcus,

    Eu sempre leio o seu blog mas é a primeira vez que eu deixo um comentário.
    Acabei de ler a matéria no Yahoo:

    Abraços,
    Rita

    Holanda quer regulamentar maconha como remédio normal

    AMSTERDÃ (Reuters) – O governo holandês anunciou nesta quarta-feira que pretende promover o desenvolvimento de remédios à base de maconha e que vai ampliar a disponibilidade da droga em farmácias dentro de cinco anos para permitir mais pesquisas científicas.

    Em 2003, a Holanda se tornou o primeiro país do mundo a disponibilizar a maconha sob receita médica para o tratamento de dores crônicas, náuseas e perda de apetite em casos de câncer, Aids e esclerose múltipla.

    “A cannabis medicinal deve se tornar um medicamento registrado comum”, disse em nota o ministro da Saúde, Ab Klink, acrescentando que pretende dar todas as condições para que um laboratório holandês desenvolva remédios específicos com a droga.

    A Holanda, onde a prostituição e a venda da maconha para fins recreativos são regulamentadas pelo governo, tem um longo histórico de pioneirismo em reformas sociais. O país também foi o primeiro a legalizar a eutanásia.

    O governo regulamenta o cultivo de cepas especiais de maconha em condições iguais a laboratórios, para fornecimento em farmácias. Uma empresa holandesa começou no ano passado a desenvolver um medicamento à base da droga, segundo o Ministério da Saúde.

    “O caminho do desenvolvimento, que pode levar vários anos, pode resultar em detalhes científicos e descobertas sobre o equilíbrio entre eficácia e segurança da maconha medicinal”, disse a nota.

    (Por Emma Thomasson)

  65. Ana disse:

    Oi, Rita!

    Como eu já disse anteriormente, tive experiência com remédio à base de morfina, em um momento de doença na vida. E é isso aí, qualquer droga, psicotrópica ou não, tem sua aplicação na medicina. O difícil é pessoas sadias a usarem, seja sob a ilusão de recrear-se ou relaxar…pois sabemos que em organismos sadios uma droga desenvolvida para doentes geraria apenas a própria doença!

    Ah! Nos medicamentos à base de cannabis será retirado o efeito alucinógeno (já basta a pessoa estar doente!). O que eles querem aproveitar são os efeitos contra náusea e perda de apetite, por exemplo. Mas há toda uma linha de medicamentos muito mais eficazes no mercado.

    Tb há notícias de desenvolvimento de uma planta de cânhamo para a indústria têxtil que suprima o efeito psicoativo.
    Em contrapartida a essa fabricação de remédios, veja as notícias da Holanda de que estão fechando várias koffeshops e sistematizando seu funcionamento.

  66. Joana disse:

    Relator da ONU ganha réplica do ‘Caveirão’ da PM
    Sex, 09 Nov, 02h28

    O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para execuções sumárias, arbitrárias e extra-judiciais, Philip Alston, recebeu uma réplica do “Caveirão” – veículo blindado usado pela polícia do Rio – como presente do comandante do 16º Batalhão de Olaria, Marcos Jardim. Ele visitou o batalhão para recolher informações sobre as operações no Complexo do Alemão, que deixaram mortas mais de 60 pessoas desde o início da operação Cerco Amplo, em junho.

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    Jardim negou que o presente tenha sido uma provocação aos movimentos de direitos humanos. “Lamento muito pelos ‘policiólogos’, muitos deles usuários de drogas, que alimentam o crime. Essa viatura não mata, e sim salva vidas. Esta foto vai entrar para a história”, disse, referindo-se ao momento em que entregou a réplica ao relator especial.

  67. Joana disse:

    Jovens presos abasteciam favelas com drogas sintéticas
    Sex, 09 Nov, 06h31

    A Operação Octógono, que desbaratou uma quadrilha de traficantes de classe média que atuava na zona sul do Rio, revelou que os jovens do asfalto abasteciam os morros do Rio com drogas sintéticas. De acordo com o inspetor Ricardo Di Donato, isso ficou claro na atuação de pelo menos um dos acusados, Maycon Igor Soralick, de 20 anos, preso ontem com haxixe e maconha. “Ele fazia escambo, principalmente com os traficantes do Morro Santo Amaro, no Catete. Ele levava ácido e ecstasy e descia com maconha e haxixe”, afirmou o inspetor.

    A polícia vem investigando o crescimento das vendas de drogas sintéticas no Rio, nos últimos anos. Hoje, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, informou que o setor de inteligência da polícia está rastreando a rota dessas drogas. “Já sabemos por onde vem. Temos um bom rastro. É complicado porque a distribuição é muito capilarizada. Com um pequeno volume da substância se consegue grande quantidade de drogas. É muito fácil distribuir”, afirmou.

    A quadrilha presa ontem vendia ecstasy nacional e importado, a preços que variavam de R$ 25 a R$ 50. “As drogas era comercializadas em raves, PVTs (abreviação de Private, festas com pouca divulgação, fechadas para poucos) e day after. A day after é a festa em que eles gastam a onda das drogas sintéticas consumidas na festa anterior”, explicou Di Donato.

  68. mariana disse:

    16 de Setembro de 2007 – 14h46 – Última modificação em 16 de Setembro de 2007 – 14h46

    Milhares de pessoas participam no Rio de caminhada contra uso de drogas

    Adriana Brendler
    Repórter da Agência Brasil

    Rio de Janeiro – Cerca de 18 mil pessoas participaram hoje (16) de caminhadas em 14 bairros da cidade contra o uso de drogas e em defesa da preservação da saúde. Com o slogan Rio Caminhando a Favor da Vida, a atividade é realizada todos os anos, desde 2001, no terceiro domingo de setembro pela Secretaria Especial de Prevenção à Dependência Química, ligada à prefeitura da cidade.

    Além das caminhadas, em cada bairro, foi realizada uma série de atividades, como atendimentos gratuitos de saúde e apresentações musicais. Participaram da mobilização, que envolveu todas as secretarias do município, estudantes, membros de associações de moradores e organizações não-governamentais (ONGs).

    Para o secretário especial de Prevenção à Dependência Química, Francisco Borges, a prevenção pela educação é a chave para combater o problema das drogas. “O vetor principal do combate às drogas está na prevenção, principalmente por meio da educação”, disse Borges. Ele enfatizou, entretanto, que não se pode ficar só na educação: “É necessária a repressão desde o mercado produtor, das rotas, até o mercado consumidor, mas a prevenção é o principal vetor, principalmente por ser mais barato e atingir todas as camadas da sociedade”.

    Segundo o secretário, programas de prevenção ao uso de drogas são desenvolvidos nas 1.055 escolas do município, instruindo crianças e adolescentes sobre o poder destrutivo das drogas e buscando ocupar a vida destes com ações positivas, na área da música e do esporte.

    Cerca de cinco mil moradores de comunidades também foram formados pela secretaria como multiplicadores de informações e hoje atuam na chamada “rede preventiva local” articulada nos bairros da cidade.

    Para Borges, o consumo de drogas é um dos principais responsáveis pela violência, inclusive no Rio de Janeiro. “Na realidade, o que dá escala à violência é a droga. O armamento vem só para sustentar. O Rio de Janeiro, hoje, faz um combate efetivo às drogas tanto na prevenção como na repressão”. A sociedade também precisa se conscientizar, principalmente a juventude, do problema das drogas, acrescentou Borges. “Se não tiver comprador, não terá vendedor. Essa é atônica da prevenção: reduzir cada vez mais a demanda às drogas. Se reduzo a procura, acaba também o poder de quem vende”.

    Borges lembrou que, além de combater o consumo de drogas ilegais, como maconha, crack e cocaína, o trabalho da secretaria visa reduzir o consumo de drogas legais, como o álcool e o cigarro. De acordo com o secretário, o álcool é responsável por 75% dos acidentes de trânsito ocorridos com pessoas na faixa de 18 a 24 anos, enquanto o tabaco é causador de 55 mil mortes anuais por problemas cardíacos e pulmonares nas metrópoles brasileiras.

  69. Ana disse:

    # Notícias
    Maconha ingerida pode provocar overdose e surto psicótico
    O estudante que ingeriu a droga permaneceu três meses em tratamento psiquiátrico

    RIO DE JANEIRO – Uma brincadeira de mau gosto entre amigos comprovou que a maconha ingerida é muito mais potente do que quando fumada. Um universitário de 26 anos teve um surto psicótico de 36 horas após comer brigadeiro misturado à droga. O rapaz, que passou um ano em tratamento com antipsicóticos e chegou a ficar internado, tinha na urina sete vezes mais do princípio ativo da maconha (THC) do que aqueles que a fumaram. O estudo, dos psiquiatra Jorge Jaber e André Charles, foi publicado na revista americana CNS Spectrum, patrocinada pelo Colégio Internacional de Neuropsiquiatria.

    “Esse caso serve de alerta e chama atenção para o risco de surto psicótico. Esse jovem poderia ter cometido suicídio para se proteger da forte sensação de perseguição. O surto também poderia ter evoluído para esquizofrenia ou doença psicótica mais grave, o que não ocorreu”, disse Jaber, do Colégio Internacional de Neuropsiquiatria e diretor-geral da Clínica Jorge Jaber, especializada em dependência química.

    O estudante chegou à emergência psiquiátrica com quadro de delírios de perseguição, paranóia, agitação e alucinações. “Ele dizia que seria assassinado por um enviado do demônio”, conta Jaber. O psiquiatra que o atendeu desconfiou de efeito de drogas. “Mas o rapaz era radicalmente contra o uso de substâncias tóxicas e discutia com a familiares e amigos que faziam uso dessas substâncias. O médico era experiente e insistiu com os pais do rapaz.”

    O pai do universitário procurou os amigos do filho. Um deles confirmou que haviam tentado “pregar uma peça” no amigo, acrescentando maconha à receita do brigadeiro. “Eles queriam que o jovem experimentasse maconha de uma forma ou de outra. O rapaz não sabia da ´brincadeira´ e abusou do brigadeiro. Quando ele começou a ´viajar´ e evoluiu rapidamente para o quadro paranóico, os amigos o deixaram em casa e não contaram nada aos pais dele”, contou Jaber, para quem o caso foi encaminhado.

    A clínica do médico tem convênio com o Labdop, laboratório do Departamento de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), num estudo sobre a concentração de maconha na urina ao longo do tempo (a fim de estabelecer parâmetros para o caso de dopping de atletas). A urina da vítima do trote foi analisada e nela havia quantidade de THC sete vezes superior à da presente na urina daqueles que apenas fumaram maconha.

    “Ele teve uma overdose de maconha”, disse o médico. Ao longo dos dias, o princípio ativo foi eliminado, mas persistia no organismo em quantidade superior àqueles que fumaram a droga. O estudante permaneceu três meses em tratamento psiquiátrico e durante um ano tomou antipsicótico para evitar novo surto.

    “Há poucos trabalhos publicados sobre maconha usada por via oral. Mas nesses trabalhos e nesse estudo feito por nós o que fica demonstrado é que a maconha causa mais problemas se for ingerida”, afirmou Jaber.

    Fonte:http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/jun/19/304.htm?RSS

  70. Ana disse:

    Tolerância zero para os fumantes de maconha na França, alerta jornal parisiense

    Por Elcio Ramalho

    Reportagem publicada em 11/10/2007 Última atualização 11/10/2007 16:31 TU

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    Produto ilícito na França, a maconha é consumida no país em forma de erva ou resina,chamada de hashishe. A droga foi usada por um quarto da população, ou seja , cerca de 12,4 milhões de franceses pessoas entre 12 e 75 anos de idade. (Fonte OFDT) Foto: AFP

    Produto ilícito na França, a maconha é consumida no país em forma de erva ou resina,chamada de hashishe. A droga foi usada por um quarto da população, ou seja , cerca de 12,4 milhões de franceses pessoas entre 12 e 75 anos de idade. (Fonte OFDT)
    Foto: AFP

    As recentes medidas do governo francês para reduzir o consumo de maconha no país mereceram destaque na imprensa francesa. O jornal Le Parisien lançou, em manchete, um alerta: é o fim da tolerância do governo com os consumidores da droga.

    Fumar um baseado na França pode custar muito caro daqui para frente. Quem for pego em flagrante será obrigado a fazer um estágio de prevenção sobre os riscos do consumo de maconha que custa cerca de 450 euros, mais de 1.200 reais.

    O jornal lembra ainda que o país é um dos maiores consumidores da droga na Europa com mais de 5 milhões de usuários ocasionais e 1,2 milhão de consumidores regulares. As políticas de saúde pública não têm inibido o crescimento do consumo em adolescentes comenta o Le Parisien, citando a estatística de que, em cada dois menores franceses, um já experimentou maconha. Em 1993, era um em cada cinco.

    O presidente da Missão interministerial de luta contra a droga e toxicomania, Mildt, na sigla em francês, Etienne Apaire, explicou que os estágios de prevenção serão obrigatórios para todos os usuários interpelados.

    Durante dois dias, psicólogos, médicos e policiais vão tentar convencer o usuário a deixar a droga com explicações sobre os riscos à saúde e os problemas relacionados com acidentes de carros.

    Já o Le Figaro informa que, atualmente, 200 mil franceses cultivam maconha dentro de casa, especialmente para consumo próprio. As estatísticas foram reveladas pelo OFDT- Observatório francês de drogas e toxicomania. As investigações dos especialistas incluíram visitas aos comerciantes que vendem material usado para o cultivo doméstico, como lâmpadas de sódio e vasos hidropônicos.

    Um jovem de 28 anos, habitante do sul da França, disse ao jornal que decidiu plantar a droga em casa para evitar a maconha de ‘má qualidade’ vendida por traficantes. Com o consentimento dos pais, que apenas exigiram que ele não comercializasse o produto, o estudante de medicina confessou que no ano passado, colheu 1,5 quilo da droga, distruibuída, segundo ele, para amigos .

    Em 2006, segundo apurou o Le Figaro, a polícia prendeu na França, 115 plantadores de maconha, acusados de tráfico.

  71. Mariana disse:

    Da série: “Maconha é bom que acalma”

    Hilário!!!

  72. Joana disse:

    Marcus, seu discurso me lembrou “Brave New World”, de Adoux Huxley, no qual as pessoas são controladas por coisas que lhes dão prazer, como a Soma (droga criada para viciar a população e mantê-la sob domínio) e aqueles filmes (“feelies”) tudo produzido para lhes diminuir a pecepção e despertar uma falsa euforia, uma válvula de escape, um fator de distração, ainda que insidiosamente deletério. Resumindo: Huxley não valorizou apenas a importância de drogas do gênero Prozac como modeladores psíquicos, mas também a entropia das “mass media” e a pujança fantasista do cinema. Olhe em torno, ou pro próprio umbigo, e confira as “maravilhas”.

  73. Mariana disse:

    Marcus, essa foi feita para você:

    Os defensores da legalização do uso da maconha invocam o filósofo inglês John Stuart Mill, citando sua célebre frase “sobre si mesmo, seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano”. Como o senhor analisa esse ponto de vista?

    Fergusson – Essa é uma visão interessante, mas omite que o indivíduo não paga a conta das conseqüências adversas de suas opções pessoais. Essa não é uma questão meramente existencial, tem conseqüências econômicas e sociais. Quem paga a conta é o governo – ou seja, é toda a sociedade –, que tem de fazer frente ao aumento da demanda na área de saúde, por exemplo. Submeter o corpo do indivíduo a sua exclusiva responsabilidade somente faz sentido se ele também se responsabilizar pelos custos totais de suas escolhas. Mas o que ocorre é que os indivíduos exigem que a sociedade banque o custo de suas experiências pessoais e não admitem que ela tenha o direito de regular sua conduta. É uma visão muito unilateral.

    médico neozelandês David Fergusson

  74. Mariana disse:

    Uma nova pesquisa do governo do Canadá demonstrou que a fumaça da maconha pode ter toxinas mais prejudiciais do que a do cigarro. Os cientistas do Departamento de Saúde do Canadá encontraram 20 vezes mais amônia, um elemento químico ligado à ocorrência de câncer, na fumaça da maconha. A pesquisa foi publicada na revista especializada New Scientist.

    Além da amônia, a equipe do governo canadense também encontrou quantidade cinco vezes maior de cianeto de hidrogênio e óxido de nitrogênio, que estão ligados a danos causados no coração e pulmões, respectivamente. Mas a fumaça dos cigarros contêm maior quantidade de uma toxina ligada a problemas de fertilidade.

    Pesquisas anteriores mostraram que a fumaça da maconha causa mais danos aos pulmões do que a do cigarro e é inalada mais profundamente e mantida nos pulmões por um período quatro vezes mais longo.

    “O consumo de maconha por meio de fumo continua sendo uma realidade e, entre os jovens, parece estar aumentando. A confirmação da presença de (elementos) cancerígenos conhecidos e outros elementos químicos é uma informação de saúde pública importante”, disse David Moir, que liderou as pesquisas para o Departamento de Saúde do Canadá.

    A equipe de Moir usou uma máquina que coletava a fumaça para comparar a toxicidade entre o cigarro comum e a maconha e detectar a presença de pelo menos 20 elementos químicos prejudiciais à saúde. Além da fumaça inalada diretamente pelo fumante, os cientistas também analisaram a fumaça que sai da outra ponta do cigarro e que é responsável por 85% da fumaça inalada por fumantes passivos. Na maioria dos casos a fumaça diretamente inalada continha quase todos os mesmos elementos químicos que a fumaça que saía da outra ponta.

    O estudo também mostrou pouca diferença nas concentrações de uma série de outros elementos químicos como o cromo, níquel, arsênico e selênio.

    “O impacto para a saúde (do consumo) da maconha geralmente é negligenciado devido ao debate da legalidade”, disse Richard Russel, especialista na Clínica de Tórax Windsor. “Estes resultados não me surpreendem. As toxinas da fumaça da maconha causam inflamação no pulmão, dano no pulmão e câncer”, acrescentou.

    Via BBC

    Comentário para “Fumaça de maconha é mais tóxica que de cigarro”
    Mariana Disse:

    Dezembro 29th, 2007 às 10:33 am
    Excelente notícia!
    Reconfortante saber que tem cientista trabalhando seriamente, em prol do bem da humanidade!!!
    Feliz Ano Novo a todos!!!

  75. Dênis disse:

    Maconha é coisa de pobre!!!
    Classe A fuma ópio, muito melhor!!!!

  76. Lidia disse:

    Até que enfim!!!Aos pouquinhos o mundo vai melhorar e se livrar do fumacê!!!

    02.01.2008

    Adeus, cafés enfumaçados

    O café não é só um café, é também restaurante e uma extensão do escritório, de casa. Historicamente, é o estúdio do filósofo. Mas hoje a Paris dos cafés enfumaçados deixou de existir. A proibição do cigarro demorou e ainda gera polêmica.

    A estudante fuma, mas diz que apóia a lei pelo bem de todos. Já o professor reclama que isso garante só a liberdade dos não fumantes. E a liberdade dos que fumam?

    Ainda se pode fumar nas mesas ao ar livre. Mas com esse frio… O homem enfrenta a temperatura abaixo de zero e depois define a medida com uma palavra que é melhor nem traduzir.

    As multas são cumulativas e pesadas: começam com R$ 200 para o fumante, mais de R$ 300 para o restaurante. O pessimismo dos donos previa uma queda nas vendas de até 30%. Mas o garçom conta que o movimento aumentou hoje. Ele, que é fumante, está gostando de trabalhar no ambiente mais saudável.

    O fato é que o governo francês, quando pensa em saúde pública, está pensando também nas finanças públicas. Todo o serviço de saúde, do mais simples ao mais sofisticado, é gratuito, provido pelo estado, não custa nada para o cidadão. E cinco mil pessoas no país morrem por ano por causa do fumo passivo.

    A experiência de outros países, como a Irlanda e a Itália, mostra que, logo após a proibição, o número de infartos cai em até 15%.

    Para que a lei realmente pegue, os franceses apelam para campanhas, charges, dizendo que antes de entrar no restaurante, tem que jogar fora o cigarro. E a fumaça também…

    No Brasil, uma lei federal proíbe o fumo em lugares públicos, a não ser em áreas exclusivas para fumantes, que devem ser isoladas e arejadas.

  77. renata disse:

    Existe uma pesquisa relativamente abrangente realizada pela MTV em 2004 com jovens de 15 a 30 anos das classes A, B e C, de grandes capitais, através de dois questionários: um aplicado pelo entrevistador e outro de auto-preenchimento e ambos incluíam questões sobre consumo de drogas (‘lícitas’ e ‘ilícitas’). Vale a pena dar uma olhada, mas não sei se está publicada virtualmente.

    Pessoalmente, acredito que a droga acompanha o ser humano e sempre estará presente (como a eterna questão: todos temos a ver uns com os outros e todos temos direito às nossas liberdades individuais – destrutivas, construtivas ou que façam jus, cf. a Mariana, à felicidade natural, na qual não acredito).

    É possível que o problema sequer esteja nas drogas, mas no uso que se faz delas ou, cf. diz o Marcus, no ‘abuso’. Não precisamos nem imaginar sociedades que usem droga com fins rituais ou medicinais, já que elas existem.

    O nosso ‘abuso’ talvez reflita outras questões. Cidadania que se realiza através do consumo, tentativas por todos os lados de nos transformar em zumbis e numa massa uniforme (vide escolas); ‘felicidade’ propagandeada e falsa, valor exagerado do estar antenado, up to date, etc. Parece que tem sobrado pouco para a liberdade, criatividade, filosofia, tristeza genuína, busca e tudo o mais.

    Pode ser apenas um comportamento de época, mas o “beber até cair” verificado em parte dos jovens hoje tem que ter algum significado, querer dizer alguma coisa. Gostaria de saber o que é.

  78. renata disse:

    Em http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/absnicotina.asp, o médico descreve a crise de abstinência da nicotina:

    “(…) se manifesta em crises repetitivas, muito mais intensas, desagradáveis e difíceis de suportar do que aquelas provocadas por drogas como cocaína, crack, maconha, ou álcool. Os primeiros dois dias sem fumar são os piores. As crises se sucedem uma atrás da outra até atingirem freqüência e duração máximas em 48 horas. Nesse período, as manifestações incluem irritação, ansiedade, tremores, sudorese fria nas mãos, fome compulsiva, modificação do hábito intestinal, alterações da arquitetura do sono (insônia ou hipersônia), dificuldade extrema de concentração e alternância de episódios de apatia com outros de agressividade comportamental”…

    Fumante contumaz, já passei por isso e me identifico totalmente com a descrição.

    Entretanto conheço quem parou de fumar sem maiores problemas e também quem tem o vício de fumar apenas 3 cigarros por dia e nunca passa disso. No artigo, o médico explica algumas diferenças dos organismos dos fumantes.

  79. Raphael Nascimento disse:

    Mais de 70% do preço do cigarro são impostos. O governo arrecada mais de 4 bilhões por ano com a venda de cigarro e gasta com tratamento um pouco mais de 300 milhões. Dinheiro há e de sobra, agora, se está sendo bem usado, se está sendo desviado, não é culpa do fumante. O fumante de tabaco sustenta todos os aspectos do seu vício, os positivos e os negativos, o argumento do custo para saúde pública é falso. A equação fecha e todo o custo é pago pelo próprio fumante. É matemática pura e simples.

    Quem dera se com a maconha fosse a mesma coisa. Hoje os malefícios recaem sobre o usuário e não usuário.

  80. Raphael Nascimento disse:

    Não se deve combater o mercado e sim regula-lo. Hoje é um LIBEROU GERAL sem controle. Qualquer um compra se dificuldades, temos que regular o mercado e traze-lo para a formalidade.

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